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Original file line number | Diff line number | Diff line change |
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@@ -0,0 +1,78 @@ | ||
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title: Auxiliar | ||
date: 27/12/2024 | ||
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**FOCO DO ESTUDO:** João 4:46-54; 8:40-46; 12:32; 15:1-11; 21:1-25 | ||
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#### ESBOÇO | ||
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**Introdução:** Na conclusão, ou epílogo, do Evangelho de João, Cristo procurou infundir no coração e na mente de Seus seguidores os ensinamentos do Seu reino espiritual, de Sua morte vicária e de Sua atestada ressurreição. No entanto, até o fim, Seus discípulos pareciam incapazes de internalizar plenamente a verdade do que Ele lhes disse. Por mais que Ele tentasse explicar e os incentivasse a acreditar, eles encontraram dificuldade em assimilar esses ensinamentos. | ||
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Para evitar sermos excessivamente críticos com os discípulos, não é esse o desafio enfrentado por muitos cristãos nos dias de hoje? Embora ouçamos as palavras de Cristo e as estudemos, será que elas realmente se tornam parte essencial de nossa vida? Muitas vezes, elas permanecem em nossa mente sem chegar ao nosso coração? | ||
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É difícil acreditar, mas é verdade que Pedro e os outros discípulos acreditavam que, durante o ministério terreno de Cristo, Ele restauraria o reino de Israel de forma literal, derrotando o poder romano. Após a ressurreição, a esperança dos dois discípulos estava destruída enquanto viajavam para Emaús. Quando Jesus (não reconhecido por eles como o Salvador) Se juntou a eles, Ele lhes explicou as profecias a respeito de Si mesmo. Além disso, a realidade da ressurreição e, pouco depois, o derramamento do Espírito Santo, ajudaram a concretizar o que Ele havia ensinado aos 12 o tempo todo. Finalmente, a situação se tornou tão real para os discípulos que eles se dispuseram a arriscar a vida pela causa do evangelho. | ||
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Naquelas últimas semanas com o Senhor ressurreto, parece que os discípulos finalmente absorveram e aceitaram mais plenamente as palavras de Jesus. Ele foi longânimo para com eles até o fim e continua igualmente disposto a ser paciente conosco hoje. O que faríamos sem Sua paciência? Que essa reflexão nos inspire a ser mais fiéis em nossa mente, em nosso coração e em nossa vida. | ||
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#### COMENTÁRIO | ||
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**Reunião na Galileia (Jo 21:1-19)** | ||
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Mesmo após o Senhor ressurreto ter aparecido três vezes aos discípulos, seguindo a sugestão de Pedro, eles voltaram à pesca. Trabalharam a noite toda, mas não tiveram êxito. Normalmente, eles teriam capturado alguma coisa, mesmo que fossem peixes pequenos. No entanto, Jesus permitiu esse fracasso para que eles se concentrassem em se tornar pescadores de homens. Muitas vezes, nosso fracasso em algo que dominamos nos leva a buscar a ajuda divina. | ||
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Naquela manhã, bem cedo, Jesus apareceu na praia, realizou o milagre da grande pescaria e depois alimentou Seus seguidores com um desjejum. Essa história nos conta que o Cristo ressurreto era uma Pessoa real, assim como era antes de Sua morte. Além disso, ao preparar a comida, Jesus mostrou que Se importava com as necessidades dos Seus discípulos cansados e famintos. Ao fazer isso, mostrou-lhes que sempre seria amigo deles, cuidando de suas necessidades enquanto eles se esforçassem para promover Seu ministério. | ||
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É significativo que, nesse último encontro, o Senhor tenha direcionado sua atenção para Pedro. Logo após Sua ressurreição, Jesus mencionou especificamente Pedro pelo nome, e agora Ele o destacou novamente, fazendo-lhe três perguntas cruciais sobre um assunto de extrema importância: o amor por Ele. Anteriormente, quando Jesus estava falando aos discípulos sobre Sua crucifixão iminente, Pedro insistiu que estaria disposto a morrer por Ele (Jo 13:37). No entanto, apesar dessa promessa, Pedro e os outros discípulos fugiram para salvar a própria vida, pensando que sua causa estava perdida. Mais tarde, Pedro negou a Cristo três vezes, como o Mestre havia predito. | ||
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Na cultura do Oriente Médio, negar os amigos é considerado extremamente vergonhoso, e Pedro sentiu profundamente essa vergonha. Consciente do peso desse sentimento em Pedro, Jesus lhe fez três perguntas destinadas a ajudar na sua cura e restauração. Três vezes, Jesus chamou Pedro pelo nome completo: “Simão, filho de João, você Me ama?” (Jo 21:16). Jesus usou o verbo grego _agapao_, que se refere ao amor incondicional de Deus, e Pedro respondeu com o verbo _fileo_, que muitas vezes expressa o amor de amizade. | ||
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Parece que Pedro não estava seguro de que seu amor pelo Senhor fosse tão profundo quanto o amor do Senhor por ele. Em sua resposta, Pedro demonstrou humildade e receptividade ao ensino, qualidades que o tornaram apto para “pastorear as ovelhas” (Jo 21:16). Esse gesto por parte de Cristo provou que Pedro estava agora restaurado e encarregado de cuidar do rebanho de crentes que pertencia a Cristo. Que transformação! O Pedro impulsivo e excessivamente confiante enfim aprendeu a ser humilde, aprendeu a desconfiar de si mesmo e, em contrapartida, a confiar em Jesus. | ||
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**Mantendo os olhos em Jesus (Jo 21:18-25)** | ||
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Pode-se dizer que havia uma espécie de “competição” entre dois dos discípulos preeminentes de Cristo: Pedro e João. Ambos estavam buscando a atenção de Jesus. Após a restauração de Pedro diante de seus companheiros discípulos e o voto de confiança concedido a ele no cuidado pastoral das ovelhas de Cristo, Jesus incluiu a previsão de como Pedro daria a vida pelo evangelho (Jo 21:18, 19). Assim, Jesus chamou Pedro para segui-Lo, o que era algo essencial para que ele permanecesse fiel e forte nas oscilações do ministério e, até mesmo, no martírio. | ||
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Enquanto Pedro caminhava com Cristo, João estava por perto. Isso aparentemente deixou o discípulo curioso. Ele se questionava se João também passaria pelos mesmos sofrimentos que ele. Afinal, o chamado para seguir Cristo foi feito especificamente para Pedro. Por isso, Pedro perguntou: “Senhor, e quanto a este?” (Jo 21:21). Conhecendo o que estava no coração de Pedro, Jesus respondeu prontamente: “Se Eu quero que ele permaneça até que Eu venha, o que você tem com isso? Quanto a você, siga-Me” (Jo 21:22). | ||
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Em síntese, Jesus estava transmitindo a Pedro que a prioridade de segui-Lo não depende de quem mais o faz ou das circunstâncias que possam surgir. A pressão dos colegas pode nos levar a nos desviarmos, mas devemos estar totalmente comprometidos com Jesus, independentemente das pessoas ou das circunstâncias. Essa mentalidade é crucial hoje, quando muitos seguem os caprichos ou a opinião pública. Como fiéis seguidores de Jesus, não podemos fazer isso. Devemos segui-Lo por causa de nossa própria confiança pessoal Nele como Salvador, pois nossa salvação é uma questão entre nós e Deus. Quando Jesus voltar, o que importará não será o que os outros pensam de nós, mas o que Deus pensa. | ||
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Não devemos sair deste estudo sem abordar um potencial mal-entendido que pode surgir em relação às palavras de Jesus sobre João. O foco de Jesus estava na necessidade de Pedro de segui-Lo, independentemente do que acontecesse com João. Observe a declaração condicional: “Se Eu quero que ele permaneça” (Jo 21:22). Foi fácil para Pedro, e é para nós também, interpretar erroneamente as palavras claras de Jesus e perder o ponto principal de permanecer fiel. | ||
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Às vezes, até mesmo nossos amigos mais próximos podem interpretar mal o que dizemos. Contudo, nosso melhor amigo Jesus entende perfeitamente o que dizemos e queremos dizer. Considere esta citação inspirada a respeito de colocarmos toda a nossa confiança no imutável Jesus: “Em Sua misericórdia e fidelidade, Deus permite muitas vezes que falhem aqueles em quem depositamos confiança, a fim de que possamos compreender quanto é insensato confiar nos homens e apoiar-nos na carne. Confiemos inteira, humilde e desinteressadamente em Deus” (Ellen G. White, _A Ciência do Bom Viver_ [CPB, 2021], p. 311). | ||
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**Luz e trevas (Jo 8:40-46)** | ||
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Algumas pessoas estão determinadas a manter suas opiniões erradas, independentemente de quantas evidências contrárias vejam. Elas também têm a tendência de se cercar apenas daqueles que concordam com elas, o que serve para reforçar ainda mais seus próprios equívocos. | ||
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Foi o que aconteceu com os líderes religiosos. Eles estavam tão cegos pelo seu egocentrismo e preconceito que odiaram Jesus profundamente. É tão estranho que eles afirmassem amar o Pai, mas odiassem Seu Filho. Jesus expôs essa hipocrisia com palavras incisivas, declarando: “Se Deus fosse, de fato, o pai de vocês, certamente Me amariam, porque Eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de Mim mesmo, mas Ele Me enviou” (Jo 8:42). | ||
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**Jesus cura o filho de um oficial do rei (Jo 4:46-54)** | ||
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No nosso estudo desta semana, também exploramos a narrativa de um preeminente nobre judeu, um oficial de alta patente a serviço do rei Herodes, cujo filho estava à beira da morte. Depois que todos os médicos desistiram do caso, o pai, em desespero, buscou o grande Médico, embora inicialmente não acreditasse plenamente que Ele fosse o Messias prometido. Jesus compreendeu que, a menos que curasse o filho do nobre, ele não iria reconhecê-Lo como o Cristo. | ||
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Embora Jesus conhecesse os motivos daquele homem, Ele desejava não apenas curar seu filho, mas também despertar nele uma fé genuína e trazer salvação para toda a família. | ||
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Ao comentar com o nobre, Jesus disse: “Se vocês não virem sinais e prodígios, de modo nenhum crerão” (Jo 4:48). Essas palavras tocaram a consciência do pai, levando-o a questionar seus motivos egoístas e o direcionando para a fé em Jesus por causa da própria Pessoa de Cristo. | ||
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**Permanecendo em Jesus (Jo 12:32; Jo 15:1-11)** | ||
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Quando Jesus foi “levantado da terra” (Jo 12:32), Ele atraiu muitos para Si, e ainda atrai muitas pessoas hoje. Mas ser atraído para Cristo é apenas o passo inicial no nosso relacionamento salvífico com Ele, pois devemos continuar a caminhar com Ele e permanecer Nele, o que requer determinação e firmeza na nossa jornada espiritual. | ||
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Para enfatizar a importância de permanecer Nele, Jesus menciona isso sete vezes em apenas quatro versículos, encontrados em João 15:4 a 7. Sem permanecer em Cristo, “nada podemos fazer” (Jo 15:5). O significado desse versículo fica bastante claro quando consideramos o exemplo prático de enxertar uma muda em uma videira. Se o enxerto não se unir à videira, ele secará. Da mesma forma, sem a videira, o enxerto não pode realizar absolutamente nada. | ||
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A qualidade da permanência comunica a ideia de intimidade e continuidade. O ramo frutífero mantém uma conexão viva com a videira. “Fibra por fibra, veia por veia, o renovo se liga à videira, e participa de sua vida. [...] Como o enxerto recebe vida quando ligado à videira, assim o pecador participa da natureza divina quando em união com Cristo. O homem finito é ligado com o infinito Deus. Quando unidos assim, as palavras de Cristo permanecem em nós, e não somos influenciados por sentimentos intermitentes, mas por um princípio vivo e permanente” (Ellen G. White, _Filhos e Filhas de Deus_ [MM 2005], 11 de outubro). | ||
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#### APLICAÇÃO PARA A VIDA | ||
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Considere as seguintes questões e comente com a classe: | ||
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`1. Reflita sobre o que acontece quando depositamos muita confiança nas pessoas, até mesmo nos nossos melhores amigos, em vez de confiarmos em Jesus. Em tais situações, Deus, no Seu grande amor e misericórdia, permite que tais amigos nos decepcionem para que possamos finalmente aprender a depositar nossa suprema confiança em Jesus Cristo. Até que ponto, então, devemos confiar nos nossos melhores amigos?` | ||
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`2. Quando cremos que Deus nos perdoou, é correto acreditarmos nesse perdão, mas não nos perdoarmos totalmente, sabendo que não merecemos esse perdão?` | ||
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`3. Até que ponto devemos depender de outros cristãos, considerando que podemos enfrentar dificuldades sozinhos? Ainda precisamos do apoio dos outros, ou devemos aprender a encontrar força em nossa comunhão com Jesus?` | ||
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`4. Na vida cotidiana, o que significa o conceito de que sem Jesus você não pode fazer nada? Especificamente, a que se refere esse “nada”?` | ||
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`Notas` |